28 jan 2020 às 08:33 hs
Com três vítimas de MS, tragédia da boate Kiss completa sete anos

No total, 242 pessoas morreram no incêndio; primeiro júri do caso será neste ano

O incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que matou 242 pessoas, entre elas três sul-mato-grossenses, completa sete anos nesta segunda-feira (27). Até agora ninguém foi julgado.

A tragédia matou David Santiago Souza, 22 anos, que, apesar de nascido em Santa Maria, morou durante anos em Campo Grande com os pais e o irmão; a estudante de administração Flávia de Carli Magalhães, 18, nascida em Chapadão do Sul, e a estudante Ana Paula Rodrigues, 21, nascida em Mundo Novo, que passava férias na cidade.

Além dos mortos, os irmãos douradenses Donizete do Nascimento Júnior e William Nascimento, estavam na Boate Kiss e conseguiram escapar com vida da tragédia.

O incêndio causou a morte de 242 pessoas e outras 636 ficaram feridas, em 2013. Sete anos depois, ninguém foi julgado pelo caso.

A Justiça de Santa Maria definiu para 16 de março a data do primeiro julgamento de três dos acusados: Mauro Hoffman, sócio da boate, Luciano Bonilha Leão, integrante da banda Gurizada Fandangueira, e Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista do grupo.

O quarto réu, o empresário e também sócio da boate, Elisandro Spohr, recorreu para ser julgado em Porto Alegre. A data já foi remarcada duas vezes. Todos responderão por homicídio.

De acordo com a sentença de pronúncia, os sócios da Boate Kiss – Elissandro Callegaro  e Mauro Lodero Hoffmann, e os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, – integrantes da banda Gurizada Fandangueira – estavam cientes dos riscos do uso de fogos artifícios, que não poderiam ser acionados em ambientes fechados.

Também foi destacada na decisão a superlotação da casa, a falha dos equipamentos de segurança e a falta de treinamento dos funcionários para atuar em situações de emergência.

O Ministério Público Estadual entrou com recurso solicitando que Elisandro Spohr seja julgado em Santa Maria, na mesma data em que os demais réus.

Nesta segunda-feira (27), data em que a tragédia na boate Kiss faz sete anos, familiares prestam homenagens às vítimas, como acontece todos os anos desde 2013. A mais tradicional é a vigília.

Fonte: Correiodoestado

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