Desempenho do comércio exterior de Mato Grosso do Sul de janeiro a abril mostra um superavit de US$ 1,2 bilhão
As exportações de milho em grão triplicaram no primeiro quadrimestre do ano.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apontam que em 2021 foram enviadas ao exterior 451.223 toneladas da commodity, ante 147.519 no ano passado, crescimento de 205%. Em termos de valores negociados, foram US$ 81,280 milhões neste ano, contra US$ 26,090 milhões em 2020, aumento de 211,54%.
Conforme dados da Carta de Conjuntura do setor externo, elaborada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), o saldo da balança comercial também aponta resultado positivo no primeiro quadrimestre.
De janeiro a abril de 2021, houve superavit acumulado de US$ 1,213 bilhão, resultado de US$ 1,954 bilhão em exportações e US$ 741,322 milhões em importações. Resultado 10,81% maior do que no mesmo período do ano passado, quando a diferença entre exportações e importações resultou em US$ 1,095 bilhão.
Segundo o titular da Semagro, Jaime Verruck, os resultados das exportações são favoráveis para a economia do Estado.
“O crescimento da demanda mundial, principalmente nos produtos das commodities e da própria celulose, apresenta uma sustentação de preço, algo que é extremamente favorável para economia de Mato Grosso do Sul e também para o desenvolvimento do Estado e a geração interna de emprego.
Tivemos valor crescente no superavit da balança comercial de 10% em relação ao ano passado, que mostra o dinamismo das nossas exportações”, considera.
PAUTA
A soja e a celulose continuam liderando a pauta das exportações, representando 57,84% do total.
A soja em grão representa 33,89%, com 1,641 milhão de toneladas e US$ 662,548 milhões negociados.
Seguida pela celulose, com participação de 23,95%, e pela carne bovina (13,09%).
“Temos um forte crescimento das exportações de soja e é importante frisar que, além da questão da tonelagem, o valor total de exportações é maior em função dos preços internacionais e também da taxa de câmbio. Isso é extremamente favorável, e Mato Grosso do Sul bateu recorde de produção de soja, com 13 milhões de toneladas, por isso neste ano nós esperamos um forte dinamismo nas exportações e no processamento interno”, analisa Verruck.
A celulose apresentou queda tanto em volume quanto em valores. Em 2020, foram 1,497 milhão de toneladas, ante 1,348 milhão de toneladas neste ano.
Já em valores, reduziu de US$ 588,559 milhões para US$ 468,209 milhões.
“Em termos de tonelagem, ela está um pouco abaixo ainda do que foi no ano passado, mas se recupera ao longo do ano. As exportações também seguem firmes na carne bovina, principalmente os frigoríficos, que podem exportar para a China ou lista geral, também avançando”, disse o secretário.
Entre os destaques, além do milho, houve crescimento de 167% nas exportações de açúcar, que passou de 69.567 para 160.850 toneladas exportadas.
Com o volume financeiro passando de US$ 19,595 milhões para US$ 52,462 milhões. E o minério de ferro ampliou o valor negociado de US$ 36,427 milhões para US$ 70,265 milhões.
“Não podemos deixar de destacar o crescimento do minério de ferro (92,89%) e do açúcar (167,73%), que continua extremamente demandante no mercado internacional e preço favorável, fazendo inclusive com que as usinas aloquem parte da cana, em vez do etanol, para a produção de açúcar”, disse Verruck.
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IMPORTAÇÕES
Nas importações, o saldo de janeiro a abril de 2021 foi de US$ 741,3 milhões, ante US$ 752,1 milhões em igual período no ano passado.
“O gás ainda representa hoje 39,62% do total das nossas importações, um pouco abaixo do ano passado, mas, em função da crise de chuvas no Brasil, o gás natural tem sido demandado na base de produção de energia por meio das termoelétricas, por isso temos expectativa de uma certa estabilidade nos próximos meses”, considerou o secretário.
Fonte: Correio do Estado
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