15 jan 2020 às 11:02 hs
Órgão ambiental de MS diz que é um fenômeno natural acúmulo de galhos e troncos em rio do Pantanal

Na sexta-feira passada (10), a aglomeração deste tipo de material criou uma barreira na calha do rio, próximo a ponte de Calcário, já na área urbana do município de Miranda, impedindo a navegação e assustando moradores e ambientalistas.

Galhos, troncos e bambus criaram uma barreira que impediu a navegação no rio Miranda na semana passada — Foto: Domingos Lacerda/TV Morena

Laudo técnico de equipe de fiscalização do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) divulgado nesta terça-feira (14) diz que se trata de um fenômeno natural o acúmulo de material orgânico, como galhos e troncos de árvores, no leito do rio Miranda, na região do Pantanal.

Na sexta-feira passada (10), a aglomeração deste tipo de material criou uma barreira na calha do rio, próximo a ponte de Calcário, já na área urbana do município de Miranda, impedindo a navegação e assustando moradores e ambientalistas.

Com auxílio de máquinas da prefeitura de Miranda, o entulho foi retirado devolvendo a normalidade ao leito do rio.

Segundo o Imasul, nesta segunda, a equipe de fiscalização, composta pelo engenheiro Diego do Carmo Brito, os gerentes Luiz Mário Ferreira (Fiscalização) e Leonardo Sampaio Costa (Recursos Hídricos) e pelo próprio diretor presidente do órgão, André Borges, estiveram na região.

Com base na verificação in loco e em imagens feitas por drone, chegaram a conclusão de que se trata de um fenômeno natural e que já foi registrado em 2007. O laudo aponta ainda que o quadro está ligado às fortes chuvas que atingiram a região nos últimos dias e que fizeram com que o leito do rio subisse de 3,86 metros para 5,28 metros em duas semanas, junto com o acúmulo de material vegetal seco depositado ao solo próximo aos cursos de água.

A análise dos técnicos aponta ainda que o fenômeno ocorre todos os anos e que, inclusive, pode voltar a ocorrer este ano, já que a previsão é de que as chuvas fortes continuem nas próximas semanas em Mato Grosso do Sul.

Confira algumas das principais conclusões do laudo:

  • Diante do exposto, conclui-se que o rio Miranda, na cidade de Miranda encontra-se cheio, com suas águas começando a avançar sobre as margens;
  • As águas do rio Miranda estavam barrentas evidenciando o aporte do deflúvio superficial rural;
  • Havia a presença de material vegetal em todos os três pontos fiscalizados, principalmente restos de bambus e vegetação nativa de baixa densidade;
  • Na região da foz do rio Nioaque, afluente da margem direita do rio Miranda, há intenso maciço de vegetação de bambus, que avançam até a beira da água;
  • E finalmente, conclui-se que o fenômeno ocorrido no leito do rio Miranda, com o acúmulo de material vegetal desvitalizado, principalmente bambus, sob a ponte da rodovia MS – 339, trata-se de fenômeno natural, que ocorre todos os anos, porém, nesse ano de 2020, por uma sucessão de fatores, tais como altas precipitações pluviométricas, aumento do deflúvio superficial rural, acúmulo de material vegetal seco depositado no solo próximo as cursos de água, nível de água mais alto do rio Miranda e menor energia cinética das águas.

Fonte: G1MS

Comentários ATENÇÃO: Comente com responsabilidade, os comentários não representam a opnião do F5MS Notícias. Comentários ofensivos e que não tenham relação com a notícia, poderão ser retirados sem prévia notificação.